quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Victor Hugo

DESEJO

Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.

Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.

Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.

Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.

Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.

Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.

Desejo que você descubra ,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.

Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você se sentirá bem por nada.

Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.

Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga "Isso é meu",
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.

Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.

Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Jackie-O Motherfucker

Veteranos em boa forma e título novo que mais se parece a seleção de grandes momentos da carreira, um salve para Tom Greenwood e seu enigmático (e incrivelmente batizado) coletivo Jackie-O Motherfucker.

São 15 anos de estrada e, com esse Ballads of the Revolution, aproximadamente dez álbuns com a assinatura dos improvisadores de Portland (vasta discografia alternativa). Trata-se de mais uma "experiência" proposta pela visionária banda, ocasionalmente mais acessível, ou menos hermética.

Com um pouco de tudo que os caracteriza: colagens/cut ups, turntablism, microeletrônica, ataques e sonoridades do tipo improv/free, blues, gospel, folk tudo a serviço de uma (trans)leitura idiossincrática e fantástica de certas tradições americanas. Estranha beleza emanando dos arquivos inclassificáveis.

Apesar do culto, continuam sua estranha saga como um dos segredos mais bem guardados e preciosos da marginália sônica americana.

Por | Fábio Massari


2009 - BALLADS OF THE REVOLUTION

01 | Nightingale
02 | Dark Falcons
03 | Skylight
04 | The Corner
05 | The Cryin’ Sea
06 | A Mania



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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Levitação

Pintura: Sr. do Vale
0,72m x 0,54m


Meus estágios:

além terra
além mar
além céu...
Sou muito mais
do que cabe em mim
por isso flutuo
levito
inspiro a fim de ter a força
que me leva acima
para observar meu infinito.

Lara Amaral

Do blog:

...::: Partículas do Sentido :::...

Garotos Podres


Primeiro álbum da banda Garotos Podres, editado em 1985.

Gravado e mixado em 12 horas em 8 canais no estúdio Vice-Versa em São Paulo, produzido por Redson, vocalista e guitarrista do Cólera. Inicialmente seria lançado em demo-tape, porém foi lançado pelo selo Rocker em formato LP.

A música "Johnny" foi censurada, sendo proibida a sua execução pelos meios de comunicação. As músicas "Papai-Noel Filho da Puta" e "Maldita Polícia" foram mudadas propositalmente pela banda para burlar a censura.

Em 1986 foi lançada uma segunda tiragem pelo selo Lup-Som. Em 1987 o selo Lup-Som lança uma terceira tiragem com o título Pisando na M..., e com outra capa. A origem do título se deve ao incidente em que os Garotos Podres, insatisfeitos com os trabalhos e o descaso da gravadora, pisaram em merda de cachorro pela rua e deram um passeio pelo escritório acarpetado desta gravadora.

Esse álbum chegou a marca das 50.000 cópias vendidas, um recorde de vendagem de discos independentes na época do lançamento.

1985 - MAIS PODRES DO QUE NUNCA

01. Não Devemos Temer
02. Johnny
03. Insatisfaçâo
04. Maldita Preguiça
05. Vou Fazar Cocô
06. Anarkia Oi
07. Eu Não Sei o Que Quero
08. Papai-Noel Velho Batuta
09. Miseráveis Ovelhas
10. Liberdade (Onde está?)
11. Führer

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terça-feira, 21 de setembro de 2010

domingo, 19 de setembro de 2010

Gueto

GUETO

Por: Luiz Carlos Betenheuser Júnior

A banda Gueto surgiu em meados da década de 80, na zona norte paulistana, atingindo o sucesso no final dos 80 início dos 90, quando chegou a fazer dois shows em dias consecutivos em Curitiba, no antigo Aeroanta (que ficava na Rua Piquiri).

Tidos agora como visionários, a frente do seu tempo em tempo em se tratando de Brasil, por misturarem o rock, o rap, o funk, o heavy metal e o hip hop. Tudo misturado, criou um som funkly, dançante sem ser chato. Justamente por ser ao mesmo tempo dançante, sem ser xarope (pelo contrário), a banda agradava públicos de ambos os sexos.

O primeiro disco, “Estação Primeira”(1987), que tinha Márcio, Júlio César, Marcola e Edson-X na banda, contou com o trombonista Raul de Souza e o percussionista Luiz Batera. Desse primeiro trabalho, as músicas “G.U.E.T.O”, “Estação Primeira”, “A mesma dor“ e “Borboleta Psicodélica” foram os carros-chefes do disco, chegando a tocar bastante na rádio Estação Primeira.

A mistura de ritmos deixou ao Gueto o legado de ser uma banda de vanguarda em se tratando de bandas brasileiras, revolucionando conceitos muito utilizados mais de duas décadas depois.

Nos shows, a banda costumava tocar uma versão para “The Lady don’t Mind”, do Talking Heads, e “I Can See Clearly Now”, de Johnny Nash, com destaque para os falcetes de Júlio César, o JC.

A banda fez mais um disco que teve boa aceitação do público “E agora é pra dançar?”. Com a saída do vocalista, a banda perdeu força, lançou anos depois um disco fraquíssimo, que não foi bem aceito pelos fãs. No final do século passado, a Warner relançou os dois primeiros trabalhos do Gueto.

1987 | ESTAÇÃO PRIMEIRA

01 | G.U.E.T.O.
02 | A mesma dor
03 | Uma estória
04 | Esse homem é você
05 | Emoção
06 | Borboleta psicodélica
07 | Você errou
08 | Estação primeira
09 | Ensaio geral

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1989 | E AGORA É PRÁ DANÇAR

01 | Você sabe bem
02 | Eu quero ter você
03 | Balaio de gato
04 | Orgulho
05 | Estive aqui
06 | Não sou eu, é onde eu vivo
07 | Respeito
08 | Eu sinto
09 | Alma
10 | Um louco caso

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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Talk Talk


Texto: Whiplash

O Talk Talk é conhecido no Brasil apenas por uma música, “It’s My Life” (“It’s my life / don’t you forget / it’s my life / it never ends”). Apesar de ser uma grande canção, ela nos dá uma impressão errada sobre a banda. Por causa de sua sonoridade característica dos anos 80, muita gente acaba classificando o Talk Talk como uma banda imitação do Duran Duran. Isso pode até ser verdade se o Talk Talk parasse de gravar em 1985. O que muitos não sabem é que o Talk Talk é uma das bandas mais ousadas, visionárias e subestimadas de toda a história do rock.

O líder e mentor do Talk Talk é um cara chamado Mark Hollis, que, em 1977, resolveu largar o curso de psicologia infantil na universidade de Sussex, se mudar para Londres e formar a banda The Reaction. Seu irmão, Ed Hollis, que era bem conhecido no meio (ele era produtor da banda punk Eddie and the Hot Rods e, anos mais tarde, veio a trabalhar com os grandes The Damned e Stiff Little Fingers) ajudou o The Reaction a lançar o single “I Can’t Resist”. Depois deste único lançamento, o The Reaction se desintegrou e Mark passou dois anos escrevendo novas canções até, através de seu irmão Ed, ser apresentado ao baterista Lee Harris, ao baixista Paul Webb e ao tecladista Simon Brenner. Formava-se assim, em 1981, o Talk Talk.

Depois de ouvir algumas demos e ver algumas apresentações ao vivo, a EMI decide assinar com o Talk Talk. A gravadora tinha em mente lançar o Talk Talk como uma banda bem na linha do, na época, ultra-famosos Duran Duran. Por isso, até o mesmo produtor, Colin Thurston, é chamado para trabalhar no primeiro álbum, “The Party’s Over”, lançado em 1982. Apesar do sucesso do disco impulsionado pelos hits “Today” e “Talk Talk”, a banda se mostra bastante insatisfeita com o produtor do Duran Duran e com o tecladista Simon Brenner e resolve substituí-los por um só homem, Tim Friese-Greene, fato que veio mudar drasticamente os rumos do Talk Talk.

Em Friese-Greene, Mark Hollis encontra o parceiro ideal para realizar todas as suas ambições musicais. O segundo álbum, “It’s My Life”, lançado em 1984, mostra uma incrível evolução em relação ao primeiro álbum com a inclusão de canções mais introspectivas como “Renée” e “Tomorrow Started”. Apesar de ter atingido um sucesso menor do que o esperado no Reino Unido, “It’s My Life” conquista disco de ouro na Europa e o grupo também consegue certa notoriedade nos EUA.

Em 1986, o grupo dá mais um passo adiante, artística e comercialmente, e lança “The Colour of Spring”. Nesse disco, o Talk Talk finalmente decide largar a sonoridade enlatada característica de seus contemporâneos e faz uma obra ousada, com arranjos complexos, som mais orgânico e, ainda assim, pop. “Life’s What You Make It”, “Give It Up” e “Living in Another World” fazem de “The Colour of Spring” o disco mais vendido da carreira da banda. Assim, o Talk Talk ganha maior confiança de sua gravadora EMI, que dá à banda liberdade financeira para a gravação do álbum subseqüente.

Mark Hollis se muda de Londres para a pacata Suffolk e o Talk Talk leva catorze meses para gravar “Spirit of Eden”, lançado em 1988. Nesse meio tempo, Hollis se recusou a mandar qualquer demo para sua gravadora e ainda anunciou que não haveria singles nem turnês promocionais, já que era impossível recriar ao vivo a complexidade que a banda atingira em estúdio. Diz a lenda que quando o diretor artístico da EMI ouviu “Spirit of Eden” pela primeira vez, ele chorou. Se é por causa de sua beleza ou por que o disco não era nem um pouco parecido com o bem sucedido “The Colour of Spring”, ninguém sabe. O que é fácil identificar é o nível que a banda havia atingido. “Spirit of Eden” é um disco que rejeita qualquer classificação, mas, ao mesmo tempo, abrange todas: rock, blues, jazz, pop, erudito. Não é nem preciso dizer que o disco foi um fracasso de vendas, mas aclamado pela crítica. “Spirit of Eden” ainda é o disco favorito de muitos artistas como Sarah McLachlan, Rob Dickinson, do Catherine Wheel e Cliff Jones, do Gay Dad.

Para tentar compensar os gastos de “Spirit of Eden”, a EMI lança em 1990, a coletânea “Natural History: The Very Best Of Talk Talk”, que, surpreendentemente, vende mais de um milhão de cópias.

Em 1991, o Talk Talk, já sem o baixista Paul Webb, lança “Laughing Stock”pelo selo de jazz Verve da Polydoor. “Laughing Stock” é para muitos a obra-prima do Talk Talk, mas, infelizmente, o último disco da banda.

Paul Webb e Lee Harris juntaram forças novamente e formaram a banda ‘O’Rang, que lançou o primeiro disco “Herd of Instinct”, em 1995. A dupla também participa de “Out of Season”, primeiro disco solo da cantora do Portishead, Beth Gibbons, lançado em outubro de 2002. Mark Hollis desapareceu por sete anos e voltou só em 1998 com seu primeiro álbum solo. Em 1999, é lançado o disco ao vivo “London 1986”.

1984 | IT'S MY LIFE

01 | Dum Dum Girl
02 | Such a Shame
03 | Renée
04 | It's My Life
05 | Tomorrow Started
06 | The Last Time
07 | Call in the Night Boy
08 | Does Caroline Know?
09 | It's Youaney

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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Fernanda Takai

:: ONDE BRILHEM OS OLHOS SEUS ::

por: Nelson Motta"

Adolescente no Rio de Janeiro, a primeira vez que vi e ouvi Nara Leão me apaixonei. Era um show de bossa nova – a nova moda recém-inventada por João Gilberto. Bossa nova não era só uma música, era um estado de espírito, dizia Ronaldo Bôscoli, apresentador do show e namorado de Nara. Ele sabia do que falava: ela era a encarnação da nova estética da bossa nova, com sua voz pequena e sua grande timidez, uma garota moderna de Copacabana com ares europeus e um look meio oriental, livre e independente, muito diferente de todas garotas que eu conhecia.

Dali em diante virei seu fã e, pouco depois e até o final, também seu amigo e parceiro de aventuras musicais. Acompanhei de perto a sua trajetória única na música brasileira, primeiro como musa da bossa nova, depois como fundadora da MPB e voz da oposição à ditadura, Nara doce guerreira, tropicalista de primeira hora, revelando talentos, quebrando preconceitos, renovando o samba e o chôro, a bossa nova e a MPB, Nara eternamente moderna, a voz mais inteligente do Brasil. Além disso, como raras artistas de seu tempo, Nara conduziu sua vida e sua carreira com liberdade, integridade e independência e sempre fez o que queria, como queria e quando seu coração de leão mandava.

40 anos depois, ouvi o Pato Fu e Fernanda Takai, vi seus clipes. Adorei. Minha primeira impressão foi um alto elogio: puxa, essa garota é a Nara Leão do pop rock. O oposto da exuberância e vulgaridade das estrelas pop, Fernanda era discreta e original, cool e elegante, tinha um look meio oriental e cantava letras inteligentes e irônicas com doçura e firmeza, uma garota tão moderna, tímida e talentosa quanto Nara em 1959.

Quando finalmente conheci Fernanda, em 2006, não resisti e sugeri que ela seria a cantora ideal para fazer um grande disco com releituras modernas das músicas que marcaram a carreira de Nara. Para minha surpresa, ela conhecia várias, e gostava muito, o pai tocava os discos de Nara para ela desde criança. Me pediu uma lista de sugestões e disse que faria alguma coisa com John em seu estúdio de casa e me mandaria. E logo veio uma, ótima, depois outra, bonitíssima, diferentona, e mais uma, beleza ! Tudo em mp3 por email, eu respondia com elogios e sugestõezinhas, e quando olhamos, e ouvimos, estávamos com um disco pronto ! E muito lindo, que com certeza Nara ouviria com prazer, alegria e orgulho, um disco que honra a sua memória e a revive e renova. Simples assim, quase sem querer, querendo muito. A cara de Fernanda, a cara de Nara.

O mais interessante desse disco feito em casa e co-produzido à distância é que, por sua geração e formação pop rock, Fernanda e John tinham pouca familiaridade com o universo rítmico do samba, chôro e bossa nova de Nara, o que resultou em leituras surpreendentes e renovadoras de todas as canções, escolhidas entre as mais importantes da carreira de Nara. O pop, o rock, o folk, o jazz, o dixieland, o baião-techno, o soul branco de John e Fernanda (com o auxílio luxuoso dos teclados polivalentes de Lulu Camargo) renovam e reinventam grandes canções de mestres como Chico Buarque, Zé Kéti, Roberto e Erasmo Carlos, Caetano Veloso, Tom Jobim e Vinicius de Moraes, Ernesto Nazareth e Nelson Cavaquinho, com beats, loops, grooves, timbres, solos e arranjos do terceiro milênio. A graça e o bom gosto, a elegância e a discrição – além de um look meio oriental – unem a delicadeza e a inteligência da música de Nara e Fernanda.

2007 | ONDE BRILHEM OS OLHOS SEUS

01 | Diz Que Fui Por Ai
02 | Lindoneia
03 | Com Açúcar, Com Afeto
04 | Luz Negra
05 | Debaixo dos Caracóis dos Seus Cabelos
06 | Insensatez
07 | Odeon
08 | Seja o Meu Céu
09 | Estrada do Sol
10 | Trevo de Quatro Folhas
11 | Descansa Coração
12 | Canta, Maria
13 | Ta-hi

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2009 | LUZ NEGRA

01 | Intro: Luz Negra
02 | Diz que Fui por Aí
03 | There Must Be an Angel (Playing With My Heart)
04 | Com Açúcar, com Afeto
05 | Insensatez
06 | Kobune (O Barquinho)
07 | Você Já Me Esqueceu
08 | Odeon
09 | Ordinary World
10 | Debaixo dos Caracóis dos Seus Cabelos
11 | 5 Discos
12 | Ben
13 | Trevo de Quatro Folhas
14 | Sinhá Pureza

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domingo, 5 de setembro de 2010

John Lennon

Em novembro de 1973, John Lennon lançava Mind Games, seu quarto LP após o fim dos Beatles; e o primeiro produzido inteiramente por ele mesmo. "Na época, este álbum teve um sucesso relativamente bom, ficando em nono lugar entre os mais vendidos durante três semanas nos Estados Unidos, segundo a Billboard. Na Inglaterra, o álbum mal conseguiu ficar em no.19 por uma semana. Sucesso comercial de lado, Mind Games consegue ser um de seus álbuns mais reflexivos, porém sem a amargura e tormento ou excessiva neurose revolucionária demonstrados em discos anteriores.

Mind Games consegue ser leve como o álbum Imagine, porém sem a orquestração e produção típica de Phil Spector, o que neste caso, faz bem ao trabalho. O álbum é também repleto de trocadilhos e expressões idiomáticas inglesas e americanas.

Encontra-se aqui rocks filosóficos, composições acústicas e baladas românticas, ao mesmo tempo em que se oferece letras interessantes, sempre associados ao amor e ideologias pacifistas. O tema central é essencialmente a conscientização da sociedade da necessidade de homens e mulheres dividirem igualmente as responsabilidades do mundo e de suas vidas, em harmonia.

Por: Márcio Ribeiro


1973 | MIND GAMES

01 | Mind Games
02 | Tight A$
03 | Aisumasen (I'm Sorry)
04 | One Day (At a Time)
05 | Bring on the Lucie (Freda Peeple)
06 | Nutopian International Anthem
07 | Intuition
08 | Out the Blue
09 | Only People
10 | I Know (I Know)
11 | You Are Here
12 | Meat City

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